Meu filho foi morar no exterior. E agora?
Tudo organizado para passar um tempo fora do Brasil: vistos, escola, trabalho, seguro saúde, vistoria do lugar onde irá morar e do que precisa ali por perto. Certo! Malas prontas e aeroporto.
Parece que foi tão rápido os preparativos e agora na despedida o coração aperta e os olhos enchem de lágrimas, uma mistura estranha de felicidade com a realização de um grande sonho e tristeza pela falta que fará. Em seguida, a busca por palavras de incentivo para que o filho (ou filha) não desista ou se entristeça ali na hora. Então o embarque e agora a comunicação fica por conta dos meios virtuais.
A adaptação em um lugar estranho leva um tempo e nesse período, os filhos podem desabafar sobre suas dificuldades com os pais. Isso pode gerar um grande desejo de pedir para que volte, venha para o lugar conhecido e protegido.
Sem problemas se a gente não dá conta de ter o(a) filho(a) longe! Seja sincero e essa é a melhor forma de encarar a questão. O problema acontece quando não assumimos ou não percebemos isso e aí o filho fica depositário dessa dificuldade. Partimos para a sutil “chantagem emocional” como essa: “que bom que está gostando daí e que fica bem longe dos seus pais que tanto te amam e morrem de saudade”.
Não existe uma fórmula pronta para lidar com essa mistura de sentimentos e o melhor caminho é procurar distinguir o quanto de sofrimento é do (a) filho(a) e o quanto é seu.
O jeito de lidar é diferente em cada caso e a interferência dos sentimentos dos pais pode prejudicar a experiência do(a) filho(a) que está fora. Essa confusão também dificultará avaliar o quanto da angústia do(a) filho(a) é temporária e conseguirá tirar de letra por conta própria ou se está com problemas importantes que precisa de ajuda.
Encare esse momento de frente e aproveite para também se conhecer melhor!