BRASILEIROS IMIGRANTES E O MUNDO EM GUERRA
Podemos acompanhar diariamente e com bastante precisão as notícias das principais guerras ao redor do mundo e as condições extremas que as vítimas estão expostas (escassez de alimentos, água ou cuidados médicos), bem como os perigos físicos de violência e a falta de direito de ir e vir. O impacto psicológico dessa experiência para as vítimas (e mesmo para familiares ou amigos) é incalculável. O problema tem dimensões enormes, envolvendo comunidades, perdas de pessoas queridas, perdas materiais e sentimentos profundos de desesperança.
Não temos como saber quantos brasileiros moram próximos ou em países que estejam em guerra, mas sabemos que muitos moram no exterior, em lugares onde podem se sentir ameaçados ou que têm pessoas queridas que podem correr riscos.
O medo mexe com o imaginário, então mesmo que estejam distantes de zonas de conflito, o sentimento de ameaça se torna real e pode se fazer constante, envolvendo intensos sofrimentos psicológicos, como insônia crônica, perdas de interesse pelas coisas, ansiedade ou depressão. Também há consequências secundárias como abuso de álcool, conflitos familiares constantes, dependência de telas.
Organizações internacionais de ajuda humanitária e agências governamentais desempenham um papel de apoio com a segurança e bem estar das pessoas em situação de crises.
Mas e quando os medos e inseguranças impactantes estão no que pode acontecer? A incerteza em relação ao futuro e a distância de pessoas queridas podem agravar esses problemas. Por isso, receber apoio psicológico adequado para acolhimento, suporte e ajuda para lidar com os desafios emocionais deve ser enfaticamente considerado nesse momento. Realizar psicoterapia com profissionais capacitados e experientes vai contribuir.